Especulações e
falácias são colocadas como se portassem veracidade científica, como por
exemplo, de que os seres humanos não nascem com gêneros sexuais definidos.
Pasmem, até a lei cromossômica do “xx” e “xy”, que redunda em seus respectivos
órgãos sexuais e, consequentemente, nas leis biológicas (hormonais), é
relativizada.
Matheus
Viana
Os
maiores equívocos que vemos em ação no mundo são oriundos de interpretações
dirigidas. Ou seja, quando algo é interpretado não segundo a mensagem que leva
ou por aquilo que é, mas segundo um ideal pré-estabelecido.
Vemos
este método em vigência no Brasil. As argumentações que fundamentam as
militâncias pelo aborto, pela legalização das drogas, pelo estabelecimento de
novos padrões familiares, entre outros, são pautadas por ele.
Dados são
manipulados. Mentiras são publicadas e disseminadas como verdades incontestes.
Especulações e falácias são colocadas como se portassem veracidade científica,
como por exemplo, de que os seres humanos não nascem com gêneros sexuais
definidos. Pasmem, até a lei cromossômica do “xx” e “xy”, que redunda em seus
respectivos órgãos sexuais e nas leis biológicas (hormonais), é relativizada
pela interpretação, também chamada de hermenêutica, dirigida. O ideal é óbvio:
normatizar a conduta homossexual com os seus desdobramentos.
É
fato: se um homem, ainda que seja criado como se fosse uma mulher, queira se
tornar uma mulher de fato, terá que passar por um processo considerável de mutações corpóreas
e hormonais. Dizer que estes aspectos, definidos já no início do
desenvolvimento do embrião, não definem gênero sexual beira a insanidade. E
isso não tem relação alguma com democracia ou tirania.
A
impunidade, por sua vez, não deixa de ser acometida por este, digamos,
distúrbio mental. Atos criminosos não são interpretados segundo o crivo
jurídico, mas segundo os ideais aos quais os juízes são devotos. O ministro do
STF, Ricardo Lewandovski, foi um exemplo icônico no julgamento teatral do
mensalão ocorrido em 2012. O intento não era fazer justiça, mas militância
política.
Francis
Schaeffer atribui esta interpretação dirigida à dialética hegeliana. Hegel é
considerado o pai do idealismo e, por conseguinte, o criador da dialética
responsável por relativizar absolutos com a sua fórmula: tese x antítese =
síntese. No entanto, apesar da grande influência que Hegel e outros pensadores
alemães tiveram no pensamento ocidental, a interpretação dirigida tem sua
origem em tempos mais remotos.
O conhecido episódio em que a
serpente dialoga com Eva é preponderante. A serpente conseguiu enganá-la e convencê-la a
desobedecer à ordem que Deus havia dado fazendo uso da interpretação dirigida. “Então a serpente disse à mulher: Certamente
não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os
vossos olhos, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Gênesis 3:4-5).
Eva morreu conforme Deus
havia lhe falado (Gênesis 2:17). O que comprovou a mentira do argumento da
serpente que estabeleceu a ardilosa regra aqui analisada, pois seu ideal era
impedi-la - e consequentemente a todos os seres humanos - de desfrutar da vida
que Deus lhe atribuíra. Ela sofreu primeiramente a thanatos (morte espiritual) e depois a nekros (morte física). Sim, ela obteve o conhecimento do bem e do
mal, mas pagou um preço alto por isso.
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