Jairo Salles
A historia nos mostra que há muitos
séculos, pessoas são acometidas de um mal, um inconveniente e obscuro prejuízo
que invade o ser e pode dar cabo a uma existência em seus próprios desígnios.
Pessoas dotadas de boa vontade, mas possuídas de uma volúpia, uma satisfação
íntima, excessiva e extraordinária que acabam, como dizem: “metendo os pés
pelas mãos”.
Não raramente se deixam levar por sensações
e saem da sombra para erguerem-se em discursos inflamados a uma causa. Nos idos
tempos de nosso Senhor Jesus, muitos eram que por causa das profecias, e por ver
padecer sua pátria nas mãos dos dominadores, insurgiram do nada proclamando ser
o messias que havia sido anunciado pelos profetas.
Esse comportamento ainda hoje se perpetua, e
infelizmente acomete a Igreja. Ao passo que a história evolui, vemos o mesmo
proceder. Pessoas que pensam ter que carregar sobre os ombros o peso de ganhar
a sua nação e até o mundo para Jesus, em uma ação catequizadora, muitas vezes
alicerçada em sensações que afloram o desejo humano de conquistar e ser
reconhecido.
A história nos mostra que essas promoções
de salvação muitas vezes têm conseqüências desastrosas, pois não são baseadas
no trinômio compaixão, amor e sacrifício, e sim em ações individualistas e
isoladas de alguns grupos.
Cumprir o ide de Jesus (Evangelho segundo
Marcos 16:15) “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” não é um mandamento, que
uma pessoa possa cumprir só, e sim um comando para toda a igreja, - que naquela
ocasião era basicamente os apóstolos - pois está é portadora da grande comissão
de Cristo. As diferenças doutrinárias e maneiras de interpretação da palavra de
Deus têm feito com que a Igreja de Jesus esteja dilacerada, fragmentada em
diversas associações, assembleias, comunidades ou como queiram e convenham-se
serem chamadas.
Aqueles que professam a fé em Jesus e o tem como Salvador e Senhor devem
ponderar que, acima daquilo que nos tem sido mostrado tradicionalmente, a Igreja
não é um prédio ou salão e nunca caberá nem sequer no maior deles, mas é sim o
corpo o qual o cabeça é Cristo, o Messias, o verdadeiro Filho de Deus que a
despeito de ser Deus se fez humano, que por compaixão e amor se sacrificou por
nós.
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