“A família, na sua plenitude, só
existe para a burguesia, mas encontra seu complemento na supressão forçada da
família para o proletário e na prostituição pública”. Karl Marx e Fredrich Engels.
Matheus
Viana
Com esta
afirmação publicada no Manifesto Comunista, Marx e Engels propõem a revolução
social traçando um paralelo entre a família patriarcal e a sociedade burguesa.
Ou seja, preconizam que a liderança do pai em relação à sua família é um
reflexo do domínio burguês sobre o proletariado. O alicerce para tal raciocínio
é a equiparação equivocada entre o exercício da autoridade e o autoritarismo.
Na contramão, o apóstolo Pedro
exorta os maridos a considerarem suas respectivas esposas como parte frágil (I Pedro 3:7) e o
apóstolo Paulo convoca os pais a não suscitarem a ira dos filhos (Efésios 6:4).
No entanto, o exercício salutar de uma autoridade paterna é oriundo da
obediência que os filhos devem proporcionar aos pais, cuja convergência visa a
conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais (Malaquias 4:6).
Ou seja, harmonia familiar que só pode ser desfrutada quando cada integrante
cumprir o papel que lhe é devido. Por isso, Paulo traça o norte moral tanto
para os maridos como também para as esposas: “Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor. (...)
Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a Igreja e a si mesmo
entregou por ela”. (Efésios 5:22 e 25).
Paulo
ainda descreve os atributos que devem pautar o caráter de um líder familiar.
São eles: ser irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato,
respeitável, hospitaleiro, apto para ensinar, não ser apegado ao vinho, não ser
violento, mas amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. (I Timóteo 3:1). Contudo,
o sábio Salomão elucida o seguinte preceito: “Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua
mãe.”. (Provérbios 1:8-9). Dever que a ideologia comunista visa extinguir
da relação familiar ao propor o mesmo levante do proletariado contra a burguesia
às esposas e filhos em relação aos pais. Intento que levou o governo federal a
proibir o uso da disciplina física.
Além de
descrever o dever dos filhos, Salomão também fala do dever da esposa. “A mulher sábia edifica sua casa, mas com as
próprias mãos a insensata derruba a sua”. (Provérbios 14:1). Infelizmente a
segunda parte desta verdade tem se tornado cada vez mais evidente em uma
sociedade acometida por um hedonismo insolente. Fruto de outra verdade
declarada por Salomão: “Quem anda direito
teme ao Senhor, mas quem segue caminhos enganosos o despreza”. (Provérbios
14:2).
“Os comunistas não se rebaixam a
dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam abertamente que seus objetivos
só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social
existente”.
Personificando
a opressão burguesa no pai de família e o proletariado na mãe e nos filhos, o comunossocialismo
utiliza três pilares para a subversão social: revolução feminista, contracultura
e o movimento homossexual com seus desdobramentos.
A
revolução feminista, responsável por propiciar direitos louváveis e cruciais de
cidadania às mulheres, contou também com certos exageros que culminaram na
depreciação no padrão familiar como um todo. Com o direito lícito da mulher ao
ingresso no mercado de trabalho, filhos foram solapados pela carência afetiva
dos pais no período fundamental da infância. Muitas mães assumiram o papel dos
pais que, solapados pela abrupta ascensão social e econômica de suas esposas,
deixaram de cumprir o papel que lhes era devido. O resultado? O estopim da revolução juvenil
chamado “contracultura” que veio à tona anos mais tarde. Os filhos da revolução
feminista foram os protagonistas do movimento “sexo, drogas e rock´n roll”
fomentado pela filosofia libertária de Jean Paul-Sartre.
Atualmente,
convivemos com os efeitos colaterais do crescente motim formado por jovens e
adolescentes infratores, regados à sexualidade e à drogadição desenfreadas,
reféns de condutas fomentadas pela mídia e por uma pedagogia completamente
fundamentada nos preceitos marxistas.
A mulher
foi criada para ser auxiliadora idônea do homem (Gênesis 2:20-22). Neste mote,
Salomão descreve o perfil da que chama de “mulher virtuosa” (Provérbios 31:10-31).
Muito mais do que uma mera epopéia, é a narrativa do chamado conjugal estabelecido
à mulher que culminará no exercício do padrão familiar necessário para a
restauração da humanidade. Ser submissa ao marido não significa ter sua
idoneidade anulada. Lucas, um dos seguidores de Jesus, ressaltou a importância feminina
na sociedade ao descrever as mulheres que participavam ativamente de Seu
ministério terreno (Evangelho segundo Lucas 8:1-2).
Além da
revolução das mulheres e dos filhos contra o padrão patriarcal, surgiu na
rabeira – literalmente - o movimento homossexual. Carentes da necessária
formação oriunda da dualidade pai e mãe/homem e mulher, muitos adolescentes
enveredaram pelas vias da homossexualidade no intuito de conseguirem, em uma
alternativa antinatural, preencherem as lacunas afetivas deixadas pela ausência
paterna.
Contudo,
podemos ver que o objetivo marxista é o de destituir o padrão familiar que não
é apenas formado por um pai, uma mãe e seus filhos. Mas também ao preceito
declarado por Jesus que diz: “Pois a
minha família é todo aquele que faz a vontade de meu Pai que estás nos céus”.
(Evangelho segundo Mateus 12:50 – contextualizado). No entanto, toda revolução
contra ele é um levante irresponsável contra o próprio Deus. Algo que Karl Marx,
como ateu convicto, investiu esforços e, consequentemente, estabeleceu seu
sórdido legado seguido, ainda hoje, pela esmagadora maioria política,
educacional e intelectual brasileira.
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