segunda-feira, 29 de abril de 2013

Revolução familiar


“A família, na sua plenitude, só existe para a burguesia, mas encontra seu complemento na supressão forçada da família para o proletário e na prostituição pública”. Karl Marx e Fredrich Engels.

Matheus Viana

Com esta afirmação publicada no Manifesto Comunista, Marx e Engels propõem a revolução social traçando um paralelo entre a família patriarcal e a sociedade burguesa. Ou seja, preconizam que a liderança do pai em relação à sua família é um reflexo do domínio burguês sobre o proletariado. O alicerce para tal raciocínio é a equiparação equivocada entre o exercício da autoridade e o autoritarismo.

Na contramão, o apóstolo Pedro exorta os maridos a considerarem suas respectivas esposas como parte frágil (I Pedro 3:7) e o apóstolo Paulo convoca os pais a não suscitarem a ira dos filhos (Efésios 6:4). No entanto, o exercício salutar de uma autoridade paterna é oriundo da obediência que os filhos devem proporcionar aos pais, cuja convergência visa a conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais (Malaquias 4:6). Ou seja, harmonia familiar que só pode ser desfrutada quando cada integrante cumprir o papel que lhe é devido. Por isso, Paulo traça o norte moral tanto para os maridos como também para as esposas: “Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor. (...) Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a Igreja e a si mesmo entregou por ela”. (Efésios 5:22 e 25).

Paulo ainda descreve os atributos que devem pautar o caráter de um líder familiar. São eles: ser irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro, apto para ensinar, não ser apegado ao vinho, não ser violento, mas amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. (I Timóteo 3:1). Contudo, o sábio Salomão elucida o seguinte preceito: “Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe.”. (Provérbios 1:8-9). Dever que a ideologia comunista visa extinguir da relação familiar ao propor o mesmo levante do proletariado contra a burguesia às esposas e filhos em relação aos pais. Intento que levou o governo federal a proibir o uso da disciplina física.

Além de descrever o dever dos filhos, Salomão também fala do dever da esposa. “A mulher sábia edifica sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua”. (Provérbios 14:1). Infelizmente a segunda parte desta verdade tem se tornado cada vez mais evidente em uma sociedade acometida por um hedonismo insolente. Fruto de outra verdade declarada por Salomão: “Quem anda direito teme ao Senhor, mas quem segue caminhos enganosos o despreza”. (Provérbios 14:2).

“Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente”.

Personificando a opressão burguesa no pai de família e o proletariado na mãe e nos filhos, o comunossocialismo utiliza três pilares para a subversão social: revolução feminista, contracultura e o movimento homossexual com seus desdobramentos.

A revolução feminista, responsável por propiciar direitos louváveis e cruciais de cidadania às mulheres, contou também com certos exageros que culminaram na depreciação no padrão familiar como um todo. Com o direito lícito da mulher ao ingresso no mercado de trabalho, filhos foram solapados pela carência afetiva dos pais no período fundamental da infância. Muitas mães assumiram o papel dos pais que, solapados pela abrupta ascensão social e econômica de suas esposas, deixaram de cumprir o papel que lhes era devido. O resultado? O estopim da revolução juvenil chamado “contracultura” que veio à tona anos mais tarde. Os filhos da revolução feminista foram os protagonistas do movimento “sexo, drogas e rock´n roll” fomentado pela filosofia libertária de Jean Paul-Sartre.

Atualmente, convivemos com os efeitos colaterais do crescente motim formado por jovens e adolescentes infratores, regados à sexualidade e à drogadição desenfreadas, reféns de condutas fomentadas pela mídia e por uma pedagogia completamente fundamentada nos preceitos marxistas.

A mulher foi criada para ser auxiliadora idônea do homem (Gênesis 2:20-22). Neste mote, Salomão descreve o perfil da que chama de “mulher virtuosa” (Provérbios 31:10-31). Muito mais do que uma mera epopéia, é a narrativa do chamado conjugal estabelecido à mulher que culminará no exercício do padrão familiar necessário para a restauração da humanidade. Ser submissa ao marido não significa ter sua idoneidade anulada. Lucas, um dos seguidores de Jesus, ressaltou a importância feminina na sociedade ao descrever as mulheres que participavam ativamente de Seu ministério terreno (Evangelho segundo Lucas 8:1-2).

Além da revolução das mulheres e dos filhos contra o padrão patriarcal, surgiu na rabeira – literalmente - o movimento homossexual. Carentes da necessária formação oriunda da dualidade pai e mãe/homem e mulher, muitos adolescentes enveredaram pelas vias da homossexualidade no intuito de conseguirem, em uma alternativa antinatural, preencherem as lacunas afetivas deixadas pela ausência paterna.

Contudo, podemos ver que o objetivo marxista é o de destituir o padrão familiar que não é apenas formado por um pai, uma mãe e seus filhos. Mas também ao preceito declarado por Jesus que diz: “Pois a minha família é todo aquele que faz a vontade de meu Pai que estás nos céus”. (Evangelho segundo Mateus 12:50 – contextualizado). No entanto, toda revolução contra ele é um levante irresponsável contra o próprio Deus. Algo que Karl Marx, como ateu convicto, investiu esforços e, consequentemente, estabeleceu seu sórdido legado seguido, ainda hoje, pela esmagadora maioria política, educacional e intelectual brasileira.

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