Matheus Viana
Raskolhnkov, um jovem que por
ser pobre, febril e muito inteligente, acreditava ser pertencente a uma casta humana
acima de toda e qualquer lei. Por isso, assassina, com uma machadinha, uma
senhora que penhorava bens e sua irmã, Lisavieta.
Este relato é da ficção
literária criada por Dostoievski em seu romance Crime e Castigo. No entanto, em nossa conjuntura, há pessoas, na
verdade um grupo que se vê de forma semelhante. Além disso, quer ajustar a
Constituição brasileira aos seus ideais e desejos. Você acertou: estou falando
do movimento homossexual. Fique claro que, quando me refiro a este movimento,
falo de uma militância organizada, sem qualquer tentativa de estender, de modo a
generalizar, a referência a todos os homossexuais.
Não concordo com algumas –
muitas delas – posturas tomadas pelo pastor evangélico e deputado federal (PSC-SP)
Marco Feliciano. Contudo, ele tem sido alvo de uma catarse – longe de
sofrimento ou perseguição pelo Evangelho – ostensiva. Após ser escarnecido por
dois cidadãos a bordo do avião em que viajava, duas lésbicas, em um culto
dirigido por ele, se levantaram perante o público e começaram a se beijar. Esta
medida, segundo o movimento, não será a última.
Liberdade tem limites. Sou
cidadão brasileiro, livre e casado. Mas nem por isso posso, em um restaurante,
por exemplo, subir na mesa com a minha esposa e ter relação sexual com ela.
Isso é algo óbvio em uma sociedade civilizada e com o mínimo senso moral. No
entanto, estes atributos não existem para o movimento homossexual, que nada
mais é do que desdobramento do movimento revolucionário que, segundo seu
próprio manifesto: “Proclama abertamente que seus
objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem
social existente.” (Manifesto Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels).
A Constituição garante
liberdade de expressão. Porém, esta liberdade é complementada pela liberdade de
religião. Ou seja, um templo de culto religioso, não importando de qual
religião seja, deve ser respeitado de acordo com seus respectivos padrões
éticos. Assim como eu não posso fazer sexo com minha esposa em um restaurante,
as lésbicas, ainda que sejam livres para se expressarem, devem respeitar o
espaço de culto assegurado pela Constituição.
Se um cristão entrar em uma
boate gay, abrir a Bíblia e começar a lê-la em voz alta, será enxotado de forma
nada cordial. Por que a recíproca deve ser tolerada? Jesus
expulsou do Templo em Jerusalém os vendilhões, e disse em seguida: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada
casa de oração; mas vocês estão fazendo dela um covil de ladrões’”
(Evangelho segundo Mateus 21:13). Sim, há alguns vendilhões, travestidos de
pastores e fiéis, que seriam expulsos se Jesus vivesse em nossos dias. Contudo,
com todo amor que Ele nutre pelas pessoas, não toleraria a atitude das duas
lésbicas. Amar é uma coisa, tolerar atitudes inconvenientes é outra bem
diferente. Sou professor e tenho um carinho especial pelos meus alunos.
Todavia, não tolero nenhuma atitude de desrespeito, de agressão - física ou
verbal - ou qualquer outro comportamento que atrapalhe a ordem praticado por um
ou mais alunos. O indivíduo em questão será convidado a se retirar.
As pessoas – homo ou
heterossexuais - são livres para se beijarem... em lugares propícios. Mas não.
Este movimento não pleiteia por liberdade. Pleiteia pela homocracia. E, para
isso, deve destruir toda liberdade que seja vista como empecilho. Conforme
afirmei no texto Definindo conceitos,
“Liberdade
é o exercício de ser e fazer mediante o conjunto de direitos e deveres; e
libertinagem é a tentativa de ter apenas direitos e ser completamente
desprovido de deveres.”.
Bingo. A premissa preconizada
por Montesquieu: “Todo homem é livre para fazer o que a lei o permite fazer”,
não é considerada. Esta, na verdade, é a última etapa do processo. Pois este
movimento visa derrubar todo e qualquer fundamento de liberdade, estabelecer
uma tirania - por se tratar de um núcleo com vários desdobramentos - e elaborar
leis que atendam a plenitude de suas reivindicações. No entanto, o conceito de
Rousseau sobre lei, que consiste no fato de que a vontade geral – consenso de
todos os membros da sociedade que se torna lei a fim de atendê-los – é visto
como inimigo a ser abatido.
O método de Joseph Goebbels,
usado exaustivamente durante o nazismo, está vigente: caricaturar e
desumanizar, no sentido de rebaixar ao nível do “sub-humano”, os inimigos. Quem
são eles? Todo aquele que se opõe - não às personalidades homossexuais
nem aos direitos concedidos à classe, mas à flagrante tentativa de estabelecer
a tirania homossexual – ao movimento. Que exerçamos a nossa cidadania a fim de
protegermos nossa liberdade. Conforme Jesus elucidou: “Conhecereis a verdade, e a verdade os libertará.” (Evangelho
segundo João 8:32). Que a verdade seja revelada a fim de que seja conhecida.
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